A diferença que o ‘S’ pode fazer

Por Hairton Ponciano/AE • Foto divulgação

Visto por fora, o SQ5 (versão esportiva do utilitário Q5) é discreto. A nova versão, que chega ao Brasil em breve (a Audi ainda não divulgou o preço), não traz nenhum excesso na roupagem esportiva. Há apenas pequenos sinais, caso da sigla ‘V6T’ no para-lama, alusiva ao motor de seis cilindros em ‘V’, dos pneus com perfil baixo e das rodas de 20 polegadas.
A esportividade é mais evidente do lado de dentro. O revestimento da cabine é escuro, os bancos são envolventes, o volante tem base reta com a letra ‘S’ gravada e há peças que imitam fibra de carbono.
A boa impressão é complementada quando se aperta o botão de ignição. O 3.0 V6 turbo desperta com um ronco forte e grave. São 354 cv de potência (102 cv a mais que o 2.0 turbo do Q5 sem o ‘S’).
Com esses 40% a mais de potência distribuídos pelas quatro rodas, o SQ5 revela respostas rápidas, sem hesitação. Isso porque, além da cavalaria exuberante, o quatro-cilindros produz 51 mkgf de torque a partir de 1.370 rpm. Ou seja: há boa oferta de força desde as rotações mais baixas.
Como comparação, no Q5 ‘normal’ (cujo desempenho já é convincente), o torque é de 37,7 mkgf. O carro acelera de 0 a 100 km/h em 6,3 segundos e vai a 237 km/h. O SQ5, por sua vez, é quase 1 segundo mais rápido (0 a 100 km/h em 5,4 s), e não passa de 250 km/h pois tem limitação eletrônica.
O câmbio automático tem oito marchas. E todas foram utilizadas nas estradinhas sinuosas e bucólicas da região de Ingolstadt, onde fica a sede da Audi.
A dirigibilidade é especialmente agradável ao ativar o modo esportivo, que altera o ronco do motor, faz as marchas serem trocadas em rotações mais elevadas e deixa a carroceria mais firme em curvas. Como as demais versões, o SQ5 é produzido no México.

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